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História de Alpercata

Fundada em 1 de março de 1963 , a cidade que faz parte da Microrregião de Valadares, na mesorregião do Vale do Rio Doce, Alpercata tem um total de 166.79 km², com uma população de 6903 habitantes, existindo apenas o distrito-sede, sendo um município região de influência de Governador Valadares - Capital Regional C (2C), fazendo divisa com os municípios de Engenheiro Caldas, Fernandes Tourinho, Governador Valadares e Tumiritinga, sendo os nascentes na cidade chamados de alpercatense.

Alpercata-MG

Fundada em 1 de março de 1963 , a cidade que faz parte da Microrregião de Valadares, na mesorregião do Vale do Rio Doce, Alpercata tem um total de 166.79 km², com uma população de 6903 habitantes, existindo apenas o distrito-sede, sendo um município região de influência de Governador Valadares - Capital Regional C (2C), fazendo divisa com os municípios de Engenheiro Caldas, Fernandes Tourinho, Governador Valadares e Tumiritinga, sendo os nascentes na cidade chamados de alpercatense.

História de Alpercata

Origem do Nome Com o movimento de criação do Distrito, foi tentada a mudança do nome 'Precata' para Bom Jesus do Novo Cruzeiro. A cidade de Alpercata recebeu este nome devido a um antigo morador da região, Senhor Gabriel Lopes, vulgo Precata, alcunha por usar este tipo de calçado. Gabriel Lopes era um caboclo idoso que morava na virada da serra, onde hoje fica a localidade do Acampamento, figura de grande popularidade na região e um dos fundadores da cidade

História Indígena

A história dos primeiros moradores desta vasta região do Rio Doce se perde na noite dos tempos. Com a chegada do “homem branco”, na segunda metade do Século XVIII e principalmente no Século XIX esta região sofreu profundas e dolorosas transformações. A região onde se localiza Alpercata foi desbravada na segunda metade do século XVIII, com vários aldeamentos indígenas dirigidos por religiosos.

Há milhares de anos vivia nesta região uma infinidade de povos indígenas que foram aniquilados. É uma história de sangue e de morte, causados pelo homem europeu e brasileiro. Foi uma invasão armada. Foi uma invasão política, econômica, cultural e religiosa feita pelo “homem civilizado”. Em nome de falsos princípios e ideais sagrados, usados de maneira hipócrita que foram sacrificados milhares de vidas humanas.

Antes de 1800, viviam ao longo do Rio Doce, milhares de indígenas distribuídos em tribos, bandos, povos e nações a quem o “civilizado” chamado simplesmente de índios. Culturas e sistemas de vida evoluída foram imolados no altar da ganância do homem branco.

Estes milhões de silvícolas da América Latina são hoje em dia, classificados cientificamente em três principais troncos lingüísticos: Tupi-Guarani, Macro-Jê e Aruaque. Os habitantes do Sul da Bahia, Espírito Santo, São Paulo, Paraná e Santa Catarina pertenciam ao troco lingüístico Macro-Jê.

Quando nos referimos ao Vale do Rio Doce, sabemos que estamos classificando com a denominação de “Botocudos Aimorés”, dezenas e dezenas de povos indígenas. Com muito orgulho, muitos de nós fazemos parte dos inteligentes valentes e temíveis Jê, Maxacali, Kariri, Bororó, Krenak, Pojitxá, Krekmum, Bhuês e muitos outros povos.

A essa imensa gama de tribos e de povos deu-se erradamente o nome de botocudos, porque usavam “botoque” de madeira nos lábios e nas orelhas. Não estavam agrupados em famílias mas em dialetos. Eram tidos como violentos, antropófagos, implacáveis inimigos e incapazes de “civilizar-se”.

Contra eles pesou o braço da repressão do “homem civilizado”. Botocudo é pois, o nome genérico com conotações pejorativas aplicados aos índios que ocupavam nesta vasta faixa do litoral e do interior do Brasil. Hoje estão reduzidos a um punhado de remanescentes agrupados em Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo, Paraná e Santa Catarina.

História do Acampamento da Rodovia Rio-Bahia

Quando em 1940, com a abertura da Rodovia Rio-Bahia, os engenheiros foram ficando por aqui, construiu-se naquela localidade um acampamento, que recebeu o nome de Acampamento do Precata. Gabriel não era parente de Manoel Florentino Lopes, doador do terreno para a futura cidade de Bom Jesus de Alpercata.

Antes de 1940, a região era chamada de Córrego do Esgoto. Alguns quiseram que a cidade se chamasse Florentinópolis, em homenagem a Manoel Florentino Lopes. Outros, como o próprio Manoel Florentino queria que fosse denominada Bom Jesus do Novo Cruzeiro. Outros ainda pensaram em dar à cidade o nome de Agenópolis, em homenagem ao primeiro escrivão, Senhor Agenor Vieira de Andrade.

Com a saída das barracas do Acampamento em 1943, Manoel Florentino Lopes, doou o terreno para que fosse construída a cidade de Alpercata. Ele morava na saída para o Córrego do Bonfim, onde hoje se localiza a Cerâmica Alpercata.

Em 06 de julho de 1944, Padre João Pina do Amaral fez o primeiro casamento: Senhor José Bento da Silva e Dona Conceição Ribeiro de Souza Silva, pais do então Prefeito Gilcleber Bento de Souza.

Emancipação

Em 27 de setembro de 1948, foi criado o distrito de Alpercata pela Lei Nº 336, pertencendo ao Município de Governador Valadares. Em 12 setembro de 1950, era instalado o Cartório de Alpercata, sendo o primeiro escrivão o Senhor Agenor Vieira de Andrade e Arnaldo Rodrigues de Andrade o primeiro Juiz de Paz.

A emancipação do Distrito de Alpercata se deu pela Lei Nº 2.764 de 30 de dezembro de 1962. A instalação de Cidade foi em 1º de março de 1963 com a posse do Prefeito Intendente José Sales. Em 30 de agosto de 1963 tomou posse o 1º Prefeito Eleito, Senhor Arnóbio Vieira de Andrade.

Atuais Moradores

A ocupação e a colonização das riquíssimas terras de Alpercata, foram iniciadas a partir do século XX e, mais provavelmente, na década de 1920. A região era muito insalubre. Os mais antigos dizem que naquela época dava febre até nas árvores. Em 1930, uma malária violenta, causada pelas enchentes do Rio Doce e Rio Traíra matou muita gente. É justamente a partir de 1930 que os primeiros migrantes foram chegando por aqui.

Por volta de 1910, os trilhos da Estrada de Ferro Vitória Minas foram sendo esticados pelas margens do Rio Doce acima. Mas foi com a abertura da Rodovia Rio-Bahia que, praticamente nasceu a cidade de Alpercata.

Em 1940 inicio-se a abertura da estrada. Para cá vieram levas e mais levas de retirotes em busca de um pedaço de terra. Na sua maioria, os migrantes vinham da Zona da Mata, sobretudo das cidades de Astolfo Dutra, Guidoval, Mercês, Rio Pomba, Rodeio, Ubá e Visconde do Rio Branco.

São destas regiões as Famílias Alves Ferreiras, Martins, Pereiras, Alves Pereira, Marcolinos, Bentos, Belmiros e etc. Em menor escala vieram migrantes de outras cidades das região de Guanhães como os Lucas e os Matildes.

Inúmeras famílias descendentes de italianos se transferiram para esta região. Seus pais e avós se imigraram para a Zona da Mata e para o Espírito Santo no fim do século passado e no começo deste século. Vieram substituir a mão-de-obra escrava. Há entre nós: Amadeus, Capuci, Corbelle, Contin, Fanni, Montinni, Moretto, Nalon, Reniere, Tolomeu, Zanella, Zoócoli e Lombardi.

Formação Administrativa

1948

Distrito criado com a denominação de Alpercata (ex-povoado), pela lei estadual nº 336, de 27-12-1948, subordinado ao município de Governador Valadares.

1962

Elevado à categoria de município com a denominação de Alpercata, pela lei estadual nº 2764, de 30-12-1962, desmembrado de Governador Valadares. Sede no antigo distrito de Alpercata. Constituído do distrito sede. Instalado em 01-01-1963.

Bandeira e Brasão

Bandeiras da cidade de Alpercata, Minas Gerais, Brasil.
Brasão da cidade de Alpercata, Minas Gerais, Brasil.

Geografia

População [2022]: 6903 (IBGE)

Densidade Demográfica [2021]: 41.39 hab./km² (IBGE)

Área Total: 166.79 km² (FJP)

Área Urbanizada [2019]: 2.74 km² (IBGE)

Divisas: Engenheiro Caldas, Fernandes Tourinho, Governador Valadares e Tumiritinga

População

Distrito Criação População % População
Alpercata 6903 hab. 100.00%
- - 6903 hab. -

Território

Distrito Área Densidade % Área
Alpercata 166.79 km² 41.39 hab/km² 100.00%
- 166.79 km² 41.39 hab/km² -

Aspectos Naturais

Clima:

Índice Médio Pluviométrico Anual:

Hidrografia:

Bioma: Cerrado

Vegetação:

Fauna:

Relevo:

Altitude: Máxima:

Economia

Alpercata está situada no Leste Mineiro, à margem direita do Rio Doce e à margem esquerda da BR 116 numa das regiões mais férteis do Estado. A sua natureza é estupenda e configurada com pequenas elevações entremeadas de baixadas fertilíssimas, outrora cobertas por uma densa e exuberante floresta que o machado e o fogo do “colonizador” destruiu em questão de três décadas.

Agropecuária: No passado produzia muito milho, arroz, feijão e fumo. Hoje, o município produz em larga escala: legumes, verduras, hortaliças como: jiló, quiabo, tomate, batata doce, cenoura, pimentão, mandioca, abóbora, couve, alface, favas e etc. O quiabo é o símbolo da cidade com o seu Festival do Quiabo, evento realizado na ultima semana de maio.

Extrativismo:

Indústria: No Bairro de Vila Eugênio Franklin, debaixo de um pé de jequitibá em meados das décadas de 60 e 70 havia sempre uma grande feira dos produtores rurais. Hoje, Vila Eugênio se transformou numa grande feira das regiões vizinhas. Há inúmeras granjas produzindo mais de 300.000 frangos por mês. Mas tudo isso poderá ser transformado em pastagens e chácaras para fins de semana dos abastados da vizinha cidade de Governador Valadares.

Comércio e Serviços:

Impostômetro | Arrecadação de Impostos 2019 a 2022:

2019: 2020: 2021: 2022:

Mais Dados:

PIB per capita [2020] R$
Receitas de Fontes Externas [2015] %
Salário médio mensal dos trabalhadores formais [2021] 1,7 salários mínimos
Pessoal Ocupado [2021] 9.944 pessoas
População Ocupada [2021] 19,68%
Mortalidade Infantil [2020] 4,84 óbitos por mil nascidos vivos
Internações por diarreia [2016] 1,1 internações por mil habitantes

Educação

Escolas Estaduais:

Escolas Municipal:

Escolarização de 6 a 14 anos [2010]
IDEB – Anos iniciais do E.F [2021]
IDEB – Anos finais do E.F [2021]
Matrículas no E.F [2021]
Matrículas no E. Médio [2021]
Docentes no E.F [2021]
Docentes no E. Médio [2021]
Escolas: E.F [2021]
Escolas: E. Médio [2021]

Cultura

Datas comemorativas

Dezembro - Dia da Emancipação Política do Município

Relação de Bens Protegidos pelo Município, pela União ou pelo Estado

Folias de Minas (Proteção Estadual)
Violas de Minas (Proteção Estadual)

Patrimônio Cultural

Turismo

Turismo Histórico-Cultural:

Ecoturismo:

Turismo Rural:

Turismo de Esportes:

Turismo de Negócios:

Turismo Gastronômico:

Turismo Religioso:

Bairros, Distritos e Comunidades Rurais

Distritos de Alpercata

Atualmente existe apenas o Alpercata (distrito-sede).

1. Alpercata

O distrito-sede de Alpercata tem uma área de 166.79 km² dos 166.79 km², ou seja, 100.00% do território.

Mapa do Distrito de Alpercata

Comunidades Rurais

Comunidades Quilombolas

Mapa da Cidade de Alpercata

Tempo na Cidade de Alpercata

Fontes:

IBGE, Fundação João Pinheiro, Site da Prefeitura de Alpercata, Iepha, Cefedes, Wikipédia, Minas, Emater.